


Prisioneiros das suas histórias, enxergamos nesse ótimo espetáculo aquilo que cotidianamente nos cega - desistir de ir além-muro, além-mar... o medo do que a vida pode nos oferecer diante do inesperado.
O texto é de Sergio Roveri , dramaturgo com o prêmio Shell nas costas, (pela peça "Asas sobre Nós") e a direção é de Marco Antonio Rodrigues. A produção da peça ficou aos cuidados de Rafa Penteado - nervosa no ritmo, companheira até pra puxar pedra. Sim, haviam pedras no caminho e no cenário. Encontramos o objeto de cena entre obras e paralelepídeos soltos do Largo da Ordem, aqui em Curitiba. Nessas hora
s de montagem de um espetáculo, eu gostaria de estar com uma câmera fotográfica, marcando todos tempos de uma produção cultural - inclusive encontrar pedras no caminho para A Coleira de Bóris.

O que mais me encantou em "A coleira de Bóris" foi o vigor e a tensão postas por conta dos ótimos atores em cena, que também são gatos descolados e bem descomplicados na hora de montar o cenário pequeno, simples, mas bem ocupado. De fato, concluo que o bom teatro só precisa mesmo é do bons textos e grandes atores. O resto é perfumaria!
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